Por Ângelo Paganelli
Nem sei se foi por disponibilidade ou
por empolgação que outro dia aceitei o convite repentino de Maria José
(responsável do Grupo bíblico, integrado por adultos das paróquias de
Conceição, São João e Divino) para ministrar o encontro bíblico sobre os ‘PROFETAS’.
Entendi que seria para o dia 20 de setembro: teria, assim, bastante tempo para
me preparar, pois, as coisas de Deus e da ‘Bíblia’ a gente tem que preparar
direitinho. Mas, o dia depois, soube que era para já, para o dia 20 de agosto.
Não deu outra, tive que fazer uma virada de manhã, tarde e noite para planejar
a minha apresentação.
Depois de dedicada e cuidadosa
pesquisa (como diria Lc 1,3) sobre os Profetas bíblicos, aproveitando minha
preparação remota, reservei um tempinho também para a questão didático-pedagógica
da exposição, sem perder de vista a contextualização sócio-política e a
identificação cultural, comunitária e litúrgica dos meus destinatários. Arrumei
o meu ‘plano de aula’, pensando iniciar com um canto/oração seguido pela tabela
da ‘Linha do Tempo’, pois os iniciantes sempre precisam de ajuda visualizada
para se contextualizar. Preparei também dez slides em arquivo PowerPoint para o
Datashow - o facilitador popular não pode desprezar a tecnologia da comunicação
visual - projetando os pontos essenciais da exposição.
Preparei uma inicial definição da
palavra ‘profeta’, em termos etimológicos e bíblicos, e umas pinceladas sobre o
‘chamado’ e o papel de Abraão e Moisés na história da salvação, para interligar
minimamente a caminhada ‘cronológica’. Por fim, destaquei ELIAS: o ‘defensor’
de Javé (o ‘deus’ ciumento e exclusivo, que mandou degolar os 950 profetas de
Baal, convocados pela rainha Jezabel) e dos pobres (com sua presença e ação
providente na casa da viúva e com a denúncia contra o abuso de poder do rei
Acab, que se apossara da vinha do Nabot). Por fim, focalizei a ação de cinco
Profetas ‘escritores’ (AMOS, OSEIAS, ISAÍAS, MIQUEIAS, SOFONIAS e JEREMIAS)
utilizando o esquema do 3º Encontro dos subsídios da irmã Tea, que destaca:
Situação – Causas – Saída – Esperança.
Não deu para fazer tudo, pois, duas
horas de estudo é pouca coisa para tanto assunto, mas... fiquei com a impressão
que o pessoal gostou e entendeu o papel do profeta, que não é de prever o
futuro, como está na cabeça de muita gente na atualidade, mas de reivindicar a
fidelidade ao Projeto de Deus e afirmar seu propósito de amor envolvente e
envolvido com o ‘seu’ Povo.
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Ângelo Paganelli: Teólogo, Historiador, Cientista Social e Professor. Assessor do CEBI em Abaetetuba – Pará.
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